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Xiconhoquices da semana: Investimentos do Banco Mundial em combustíveis fósseis; Endividamento das Empresas Públicas; Crise de gás de cozinha

Xiconhoquices da semana: Investimentos do Banco Mundial em combustíveis fósseis; Endividamento das Empresas Públicas; Crise de gás de cozinha

Os nossos leitores elegeram as seguintes Xiconhoquices na semana finda:

Investimentos do Banco Mundial em combustíveis fósseis

Parece que os ciclones que devastaram as regiões Centro e Norte de Moçambique não foram argumentos mais do que suficiente para a mudança de comportamento, relativamente às mudanças climáticas. Exemplo disso, é que o Banco Mundial, doador e financiador do combate a pobreza, é também um dos grandes investidores dos combustíveis fósseis, principais destruidores da camada de ozono do nosso planeta, tendo colocado pelo menos 10 biliões de dólares nas indústrias do carvão, petróleo e gás natural que operam no continente africano. No nosso país a instituição investiu no gás de Inhambane, no carvão de Tete e está agora a impulsionar o gás natural da Bacia do Rovuma. A pergunta é: por quê não investir em energia renovável? Quanta Xiconhoquice.

Endividamento das Empresas Públicas

A cada dia que passa fica claro que as Empresas Públicas são um verdadeiro problemas para os moçambicanos. Ao invés de gerar lucros, essas empresas têm estado a afundar as condições de vida dos moçambicanos. Enfim, o Governo admitiu que as Garantias e Avales que tem emitido à favor das Empresas Públicas “representam um risco explícito do Estado”, pois “têm alta probabilidade de serem accionadas no ano em curso” e revela que a carteira das garantias está concentrada no Fundo de Estradas, na Petróleos de Moçambique (Petromoc), nos Aeroportos de Moçambique (ADM) e nas Linhas Aéreas de Moçambique (LAM), sem no entanto não contabilizar as Garantias que emitiu para a Proindicus, MAM e nem as dívidas da Empresa Nacional de Hidrocarbonetos (ENH).

Crise de gás de cozinha

É deveras preocupantes e até roça ao ridículo o facto de um país que explora o gás natural há uma década os seus cidadãos se vejam privado de um gás de cozinha. Ou seja, pela segunda semana consecutiva há falta de gás para cozinha em Moçambique. Na Cidade e Província de Maputo, os cidadãos viram-se forçados a fazerem longas filas esperando conseguir as poucas botijas disponíveis nos locais de venda oficiais enquanto outros, mais abastados, pagam mais 20 a 50 por cento o preço oficial para obter o combustível indispensável para a confecção de alimentos. Cozinhar usando energia eléctrica é quase um luxo para os moçambicanos. Definitvamente, somos um país anormal.

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