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Sara de Almeira reinventa “lirhandzu” e propõe o “fashionlove”

No dia 14 de Fevereiro, à noite, alguns moçambicanos vestiram-se de vermelho e deslocaram-se ao palácio do município de Maputo, onde testemunharam o lançamento da colecção “lirhandzu” da estilista moçambicana Sara de Almeida. O evento, que assinalou a celebração do 10º aniversário da sua carreira, serviu ainda para a divulgação do projecto “fashionlove”.

Diante das pessoas que foram ao evento, no palácio do Conselho Municipal da Cidade de Maputo – onde se fez a divulgação do projecto “fashionlove” – havia muita gente. Por essa razão, quando, nas suas primeiras palavras a estilistas se dirigiu ao público, não pôde esconder a sua satisfação.

“A vossa presença hoje, neste local, significa para mim um grande prestígio e, principalmente, um verdadeiro sinal de afecto, consideração e grande amizade. Hoje é o dia do nascimento oficial do projecto “fashionlove”. Este projecto surge da necessidade de fazer crescer a moda moçambicana, nas suas variadas vertentes”.

De acordo com Sara de Almeida, como projecto, o “fashionlove” – que se impõe como um evento de moda direccionado à divulgação dos estilos “casual-chick”, sensual e romântico – é um verdadeiro sinónimo de empreendedorismo. Almeida considerou que a iniciativa surgiu “do desafio da autoconfiança e, acima de tudo, da vontade de fazer crescer a moda moçambicana e fazer-se consumir os produtos que nesse âmbito são feitos pelos moçambicanos, nos seus vários estilos”.

É uma indústria gigante Segundo Sara de Almeida, “a moda não é um simples exercício de satisfação do ego, mas sim uma indústria gigantesca de geração de capitais. Daí que acreditar e estimular o seu desenvolvimento é contribuir para o crescimento de um sector importante da nossa economia”. Foi nesse sentido que “eu, não obstante todas as dificuldades, os desafios e até os riscos com que deparei, com orgulho, digo, sejam bem-vindos ao “fashionlove” 2013”.

A estilista esclareceu, no local, que o objectivo do “fashionlove” é mostrar à sociedade e a todos os presentes que em Moçambique já se faz moda nos estilos “casual-chick”, sensual e romântico. Nesse sentido, “desejo a todos os fazedores de moda em Moçambique muita força, coragem e perseverança para que essa indústria, no país, seja uma realidade da qual todos nos possamos orgulhar”.

Diversificar a oferta

Para a governadora da cidade de Maputo, Lucília Hama, que também se dirigiu ao público, o projecto “fashionlove” significa um tipo de moda direccionada aos referidos estilos. “Trata-se do maior evento de moda romântica e sensual em Moçambique, com periodicidade anual que acontecerá na semana de 14 de Fevereiro de cada ano, num evento de muito glamour, sensualidade e romantismo. Por isso queremos endereçar aos organizadores as nossas felicitações, pelo facto de este evento ser organizado hoje, o dia de São Valentim”.

A governante considera que o projecto surge em boa hora, muito em particular porque há “necessidade de impulsionar o sector pouco explorado em Moçambique que é a moda sensual, “casual-chick” e romântica”. Portanto, “o “fashionlove” vem não somente para mostrar o que de melhor temos na moda romântica, mas também para diversificar o leque de opções para o mês dos namorados e mostrar o quanto a moda está directamente ligada ao amor e ao lado do estilo”.

Por isso, o empreendimento de Sara de Almeida é “uma importante iniciativa pois visa promover a indústria de confecções, revolucionar a moda moçambicana e fazer com que se possa produzir e consumir os produtos deste sector nas suas variadas vertentes”.

Enriquecer a variedade

Lucília Hama esclareceu, no momento do lançamento do projecto “fashionlove”, que “sabemos que a moda faz parte da cultura de um povo e que é através dela, ou das suas maneiras de vestir, que um povo se identifica. Este evento visa mostrar a criatividade, a inovação dos nossos estilistas e fazedores da moda neste domínio. Não se trata de nenhuma ruptura em relação ao passado, nem com a realidade já existente. Trata-se, sim, de um enriquecimento e aumento da variedade de moda já existente. Por isso, os nossos parabéns a todos os estilistas e fazedores da moda”.

Com base nesse ponto de vista, e porque a cidade de Maputo é o maior centro de atracção turística, o que implica que pessoas oriundas de vários cantos do país e do mundo fazem desta cidade o local de encontro e de procura de bens e serviços localmente produzidos, a concorrência – no sector da moda – torna-se grande.

Plataformas culturais como o projecto “fashionlove” – numa cidade como Maputo – têm uma importância acrescida porque permitem “a entrada de novos estilistas, cabeleireiros e outros fazedores da moda, particularmente, no seio da camada juvenil contribuindo, assim, para a criação e expansão do auto-emprego, o que irá manter o jovem sempre ocupado, desenvolvendo uma actividade vital para a sociedade”. Por isso, “queremos apoiar os nossos estilistas e fazedores da moda para que ofereçam aos seus clientes produtos de qualidade”.

Foram exibidas no lançamento do projecto “fashionlove” colecções dos estilistas moçambicanos Feliciano da Câmara, Nivaldo Tierry, Taússe e Madalena Cumbane, a par da exibição de alguns números da dança do ventre por parte do grupo Muneera.

O projecto “fashionlove” tem como objectivos passar a ser um programa anual em que se irão mostrar as tendências da roupa sensual, romântica e “casual-chick”; congregar os agentes e fazedores desse tipo de moda num espaço comum e, por fim, estimular o consumo dos referidos produtos no mercado moçambicano.

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